A Box Fresh Organics, a popular marca britânica, anuncia que 85% de seus produtos vêm do Reino Unido. Mas no inverno, em sua cesta padrão, apenas as batatas e cenouras são cultivadas no Reino Unido. As uvas são da África do Sul, a erva-doce é da Espanha e a abóbora é da Itália.
Os varejistas atuais não sobreviveriam se deixassem de oferecer essa variedade, disse Moorehouse, o consultor de alimentos britânico.
"Infelizmente", ele disse, "nós educamos nossos clientes a esperarem alimentos baratos, de que podem ir ao mercado para comprarem o que quiserem, sempre que quiserem. O ano todo, 24 horas, os sete dias da semana."
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E com os custos de mão-de-obra mais baixos nos países africanos, o Marrocos e o Egito tomaram o lugar da Espanha em apenas poucas estações como importantes fornecedores de tomates e verduras para a região central da Europa.
"Se há uma oportunidade de produção mais barata em termos de logística ou fornecimento, ela será adotada", disse Ed Moorehouse, um consultor de uma indústria de alimentos em Londres, acrescentando que algumas destas transferências também criam empregos valiosos nos países em desenvolvimento.
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Este é um trecho de artigo publicado no New York Times e traduzido para o Uol em 26 de abril de 2008. Eu acho incrível como todo mundo segue tirando o seu da reta e assumindo a própria impotência com naturalidade. Trabalho mal-remunerado em país pobre é 'oportunidade para nações em desenvolvimento'; as empresas, "infelizmente" (sic), não têm o papel de modificar hábitos de consumo. Os consumidores continuam querendo tudo a qualquer hora nas grandes cidades, de preferência embalado em bandeja branca e magipak, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Aí não dá pra achar que 2012 não nos reserva alguma surpresa (?) escrotinha...