"Tuberculose e diarréia tiveram que esperar a ascensão da agricultura. Sarampo e peste bubônica, o surgimento de cidades grandes", escreveu Jared Diamond. Malária, talvez a maior assassina da humanidade, bem como quase todas as outras doenças infecciosas, são herança da agricultura. Problemas nutricionais e doenças degenerativas em geral surgem com o reinado da domesticação e do cultivo. Câncer, trombose coronária, anemia, cáries e problemas mentais são apenas alguns dos marcos da agricultura; anteriormente as mulheres tinham seus filhos sem dificuldades e com pouca ou nenhuma dor.
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A diversidade dos alimentos tende a desaparecer ou se achatar à medida que cresce a proporção de comida industrializada no mundo. Atualmente, os mesmos produtos são distribuídos em todo o planeta, de modo que um esquimó Inuit ou um africano possam se alimentar de leite em pó produzido no Wisconsin ou de palitos de peixe congelado vindos de uma fábrica na Suécia. Algumas poucas multinacionais, como a Unilever, a maior indústria de alimentos do mundo, estão no topo de um sistema altamente integrado que objetiva não a nutrição, nem a alimentação, mas o consumo crescente e em escala mundial de produtos por eles manufaturados.
Elements of Refusal, John Zerzan, 1988