27.11.09

Fazenda Austrália, da Companhia Melhoramentos do Oeste da Bahia (CMOB)

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Os catadores de raízes foram contratados por tarefa, ao preço de R$ 5 por hectare de área limpa. Devido às péssimas condições do terreno, as pessoas recebiam muito menos que o salário mínimo. Produziam na faixa de R$ 1,80 a R$ 2 por dia, totalizando um máximo de R$ 60 por mês - sem levar em conta os descontos pelas "dívidas" da cantina. Eles trabalhavam todos os dias da semana, inclusive aos domingos.
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A soja é o principal produto cultivado pela propriedade. Por causa da violação dos direitos trabalhistas, a empresa desembolsou uma rescisão de R$ 38,2 mil. Segundo o MTE, os diretores da CMOB são Adilson Santana Borges, Claudia Vieira Levinsohn e Priscilla Vieira Levinsohn, residentes no Rio de Janeiro (RJ). Por trás deles, porém, está o empresário Ronald Levinsohn, que está à frente da UniverCidade (instituição privada de ensino superior com sede no Rio) e se envolveu no escândalo financeiro que culminou com a quebra da administradora de cadernetas de poupança Delfin, em 1983.

notícia de 26/11/2009 >
Repórter Brasil